Cada vez mais os tutores de gatos têm optado pela castração de seus animaizinhos para garantirem uma melhor qualidade de vida a eles. Embora seja um assunto amplamente discutido, ele ainda causa muitas dúvidas e até insegurança. Por esse motivo, vamos esclarecer alguns mitos e as verdades que envolvem o processo de castração dos felinos.
A primeira causa importante para se optar pela castração dos gatos é para evitar qualquer tipo de doença em seus órgãos reprodutores. Nas fêmeas, são retirados os ovários e o útero; e o seu tempo de recuperação varia em torno de uma semana. Já nos machos, são retirados os testículos e eles estarão totalmente recuperados em poucos dias.
A segunda causa importante é para evitar a superpopulação de gatinhos e, consequentemente, o abandono. Um levantamento feito em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), mostrou que o Brasil tem a segunda maior população de pets do mundo, com 22,1 milhões de felinos e 52,2 milhões de cães. A população de gatos se multiplica em maior proporção e deve predominar em menos de dez anos.
A castração pode ser feita em qualquer idade?
Verdade! Não há limite de idade para a castração, porém, no caso das fêmeas, para prevenir a incidência de câncer e infecções no útero, é recomendado fazer o procedimento antes do primeiro cio. Já em gatinhos com idade avançada, é importante fazer um check-up mais detalhado antes da cirurgia para garantir o sucesso do procedimento.
Fêmeas devem ter, pelo menos, uma cria antes do procedimento?
Mito! Essa é uma das lendas mais famosas que existem e, ao mesmo tempo, mentirosa. Quanto mais cedo a fêmea for castrada, menor será a chance de ela desenvolver algum tipo de tumor.
Depois de castrado, o gato tende a engordar?
Mito! A castração não é uma causa de obesidade. Entretanto, é natural o felino ganhar alguns quilinhos com o passar dos anos. Vários fatores podem causar a obesidade, como uma dieta inadequada, ingestão excessiva de alimentos, pouca atividade física, entre outros. Portanto, se você perceber que seu animal está ganhando peso, reduza a quantidade de ração diária e procure a orientação de um médico veterinário.
A castração reduz riscos de problemas de saúde?
Verdade! O risco de desenvolverem tumores em idade avançada é bastante reduzido com a castração, que também evita a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis. Nas fêmeas, a castração antes dos seis meses de vida previne 90% dos tumores de mama.
Os gatos ficam mais educados?
Verdade! Muitos problemas de comportamento, como a necessidade de urinar para demarcar território, a agressividade relacionada à disputa pelas fêmeas e as escapulidas noturnas são reduzidas com a castração. Isso porque grande parte desses comportamentos são motivados por questões sexuais. No entanto, a cirurgia é recomendada antes que esses hábitos sejam criados pelos peludinhos.
Agora que sabemos quais são os dois principais motivos para a realização da castração, seus mitos e verdades; vamos lembrar que ela é um processo cirúrgico e, portanto, precisa ser realizado por uma equipe médica veterinária totalmente capacitada para tal procedimento. O valor a ser pago só é possível identificar após uma avaliação clínica, onde será levada em conta o peso, idade, ambiente onde vive, histórico de doenças e vacinas tomadas pelos felinos.
Outro ponto importante: o dono precisa ficar atento ao comportamento pós-cirúrgico do animal. Ao voltar para casa, o gatinho tende a ficar mais quietinho e talvez ele não sinta tanta fome ou vontade de brincar, mas isso é completamente natural, afinal, seu organismo ainda estará se recuperando.