O carcinoma epidermóide é um câncer de pele que se origina nas células escamosas da epiderme (pele superficial) do gato. É o tipo mais comum da doença, tendo uma incidência de 9 a 25% de todas as patologias e 70% das patologias orais nesta espécie. Apesar de maligno, é um tipo de câncer que não se espalha com facilidade. Seu surgimento é mais comum em felinos idosos, acima dos 10 anos; porém, não há distinção de sexo, atingindo machos e fêmeas na mesma proporção.
Vale lembrar, em primeiro lugar, que todos os tipos de gatos estão sujeitos a apresentar a doença, mas ela é 14 vezes mais perigosa para os gatinhos de pelos brancos, pelos curtos ou os que não possuem pelagem.
Causa e Prevenção
Os gatos são animais que adoram pegar um solzinho, pois é exatamente aí que mora o perigo, já que a exposição solar é a principal causa do surgimento do câncer de pele. Portanto, a única forma de evitar a doença é não deixar o seu peludinho se expor ao sol durante o período mais quente do dia que é após às 10 horas da manhã até às 16 horas da tarde.
Características da doença
Geralmente, os tumores são pequenos e bem localizados, porém arranhaduras ou lambeduras, hábito natural dos felinos, acabam levando ao aumento das feridas e a invasão para camadas mais profundas da pele. Sua área pode ser discretamente rosa, com falha de pelo e secreção. As lesões também podem sangrar com facilidade.
Nos gatos, os tumores atingem mais frequentemente a pele da cabeça como lábios, orelhas, nariz, pálpebras e áreas despigmentadas ou desprotegida de pelos. Lesões bilaterais ou múltiplas são incomuns e o desenvolvimento destas são normalmente lentas.
Tratamento
A presença do câncer de pele só pode ser confirmada através de biópsia, um procedimento feito sob anestesia geral. Se diagnosticado logo no início, existem várias opções de tratamento:
– Remoção cirúrgica: é a técnica que mais oferece bons resultados. Em áreas como o focinho ou as orelhas, é deixado uma margem segura. No entanto, quanto maior for a lesão, maior será a retirada da região doente, o que pode não ser alcançada em alguns casos. Em outros, pode chegar a amputação total.
– Terapia de radiação: esse tipo de tratamento só serve para lesões múltiplas na face, com menos de 2mm de profundidade.
– Crioterapia: aqui, as lesões são “destruídas” através da técnica de congelamento.
– Quimioterapia: apesar de disponível, as respostas a essa alternativa de tratamento são baixas.
Sempre deixamos claro o quanto a ida ao médico veterinário com frequência é importantíssima para manter a boa saúde do gato, pois só ele é capaz de diagnosticar, com absoluta certeza, o que se passa com o seu animalzinho.
Não espere algo anormal para procurar um profissional. Seu peludinho agradece!