O Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) ou Aids Felina tem sintomas semelhantes aos observados em pessoas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Na verdade, o FIV faz parte da mesma família que o HIV. Esses vírus são específicos de cada espécie, ou seja, o FIV não pode ser transmitido para os seres humanos, assim como seres humanos não podem transferir o HIV para os animais. Além disso, existem cinco subtipos do vírus espalhados pelo mundo todo (do “A” até o “E”) e um gato contaminado pode abrigar vários desses subtipos. Essa é uma informação importante ao decidir vacinar o animal. Infelizmente, não há tratamento para a Aids Felina e, uma vez infectado, o gato irá carregar o vírus pelo resto da vida.
Transmissão
Na maioria dos casos, a transmissão acontece através de mordidas, já que o vírus da Aids está contido no sangue e na saliva de gatos infectados. Ele também pode ser transmitido aos filhotes durante a gravidez.
Sinais e Sintomas
Após a infecção, a quantidade de glóbulos brancos do gato começa a diminuir, causando o comprometimento do sistema imunológico. Apesar de muitos animais não demonstrarem os sintomas por vários anos, geralmente eles só aparecem devido as infecções secundárias e condições crônicas degenerativas. Os sintomas podem incluir: inflamação e gengivite crônica, diarreia; febre; pneumonia; perda de apetite; perda de peso; doença de pele; problemas neurológicos.
Muitos vivem por anos, especialmente se houver a detecção precoce da doença.
Prevenção
A melhor maneira de prevenir a aids felina é evitando o contato com gatos infectados. Aquele que vivem ao ar livre são mais propensos a contrair o FIV do que o que vivem dentro de casa; e os machos são duas vezes mais propensos a contraírem a doença devido às suas tendências de vagar e lutar. A castração pode ajudar a diminuir esses instintos.
Vacinação e Teste para FIV
Apesar de existir vacina contra o FIV, ela não está disponível no Brasil. Além disso, a vacina somente protege contra os subtipos A e D e no Brasil o subtipo encontrado é o B. Sendo assim, a vacina não oferece proteção alguma aos nossos gatos.
O teste de rotina para identificação da FIV é feito por meio do exame de sangue ELISA, que detecta os anticorpos contra o vírus, mas não o próprio vírus, o que pode fazer com que seu gato teste positivo para a doença caso ele tenha recebido a vacina. Por isso, um segundo teste, o PCR, pode ajudar a diferenciar um gato vacinado de um verdadeiramente infectado.
Também é importante notar que os gatos infectados com FIV podem levar até 60 dias para criarem anticorpos e serem positivos. Deste modo, o teste deve ser repetido pelo seu veterinário pelo menos 60 dias depois para garantir que o animal não esteja realmente infectado.
Meu gato tem Aids. E agora?
– Se seu veterinário confirmou que o seu gato tem Aids Felina, você deve entender que mantê-lo saudável, feliz e longe de outros animais é o ideal, pois assim, ele não leva riscos para outros gatos, nem para si mesmo, com a contração de possíveis infecções;
– Uma alimentação equilibrada e adequada, de acordo com recomendação médica, também é importante;
– A cada seis meses, leve o seu gatinho ao médico veterinário. O monitoramento do peso e da saúde geral pode evitar o surgimento de outras doenças;
– Se você notar alguma alteração no comportamento ou na saúde do seu gato, procure imediatamente um médico veterinário.