A Leucemia Viral Felina ou FeLV é uma doença infecciosa causada por um vírus que tem a capacidade de desenvolver tumores, como a leucemia e linfomas, ou doenças degenerativas. No Brasil, a doença tem acometido cada vez mais os gatos, chegando a um número alarmante.
Ela é transmita através da saliva, urina ou fezes e é mais comum surgir em ambientes com acúmulo de animais, como abrigos e gatis. A transmissão se dá principalmente através da higiene mutua entre gatos, como a lambedura por exemplo.
Sintomas
Os sintomas variam dependendo do tipo das células infectadas; e alguns animais podem permanecer assintomáticos durante anos ou mesmo nem desenvolver a doença.
Além disso, existem estágios da infecção que levam a progressão ou latência da doença. Por isso, a importância da requisição e interpretação correta de cada teste a ser solicitado.
Os gatos que apresentarem a doença associada ao vírus podem desenvolver doenças degenerativas, como anemia e imunossupressão. A doença proliferativa leva ao desenvolvimento de tumores como os linfomas e até mesmo quadros crônicos de inflamação.
Diagnóstico
É essencial que todos os gatos façam o teste de triagem chamado ELISA. Este exame irá detectar a presença do vírus no organismo do felino nas fases iniciais. Em caso positivo, ele deve ser confirmado após 30 dias visto as fases da infecção.
Em alguns casos específicos, e especialmente para gatos doadores de sangue (saiba mais sobre o nosso serviço de Transfusão de Sangue), é realizado o exame de PCR que identifica o provirus em uma infecção latente. A presença do provirus significa que o gato teve contato com o vírus mas não necessariamente vai desenvolver a doença, entretanto ele pode transmiti-lo através do sangue.
Um outro exame para diagnostico é a IFA (imunofluorescencia indireta) que pode ser solicitado para confirmar um gato positivo. Esse teste identifica se o vírus está presente na medula óssea, portanto dando um mal prognostico significando que a doença tente a progredir.
Prevenção e Vacinação
A melhor forma de prevenção é evitar o contato de um gato saudável (negativo no teste Elisa) com um gato que não tenha seu estado imune testado. Portanto, todo gato recém adquirido é recomendado a realização do teste.
Animais que convivem com um gato sabidamente FeLV positivo, tem acesso à rua ou que recebam visitas de outros gatos podem e devem receber a vacina. Lembrando que a vacina não é 100% eficiente e não está isenta de riscos, portanto, antes de vacinar o animal, ele sempre deve ser testado, pois a vacina não traz nenhum benefício ao animal já infectado ou pior: pode trazer sérios efeitos adversos.
O esquema vacinal deve ser iniciado ainda quando filhote, pois é nessa fase que os gatos são mais susceptíveis ao vírus.
Meu gato está infectado. E agora?
Após os exames e o diagnóstico positivo, a primeira coisa é entender que essa doença não passa para cães, outros animais e nem para os humanos. É uma doença específica dos gatos. Porém, entre eles, é altamente contagiosa. Por isso, é importante separar os infectados, dos sadios e não os deixar terem acesso à rua para não infectar outros felinos.
Para o gato infectado, é fundamental dar maior atenção a sua nutrição, evitando fatores de estresse. Felinos infectados adoecem com maior facilidade, por isso precisam manter o sistema imunológico forte, para conseguir lidar com qualquer outro agente infeccioso que possa acometer seu organismo.
É possível cuidar de um animal positivo para a FELV, basta que ele tenha o acompanhamento de um médico veterinário de confiança para controlar os sintomas e doenças associadas ao vírus e levar uma vida normal.