Depois de fazer um breve resumo sobre a zoonoses; vamos dar continuidade a nossa série falando sobre os tipos da doença. A primeira a ser abordada é a Dermatofitose ou Tinha. Ela é uma doença de pele superficial causada por fungos e a mais comum entre os gatos, atingindo 50% da espécie, em nível mundial.
A infecção pode ocorrer em qualquer idade, embora os felinos jovens sejam mais afetados; assim como os imunossupressores ou debilitados. A Dermatofitose pode surgir devido ao stress ou, ainda, pelo excesso de banhos; por isso, os gatos de pelagem longa, especialmente os persas, são os que mais sofrem com a doença.
No entanto, não são só os animais que podem contrair a tinha. Como ela é uma zoonoses, os seres humanos também estão suscetíveis ao seu surgimento. Porém, a Dermatofitose é uma doença tratável e com cura, portanto, nem os homens, nem os gatos, têm suas vidas em risco ao contraí-la.
Contágio
A Dermatofitose é transmitida por contato direto com o agente fúngico, através de pelos, descamações de pele e arranhões de gatos contaminados.
Prevenção
Há uma série de ações que podem evitar o surgimento e o contágio da Dermatofitose. Entre elas estão:
– Evitar o contato dos gatos com outros gatos desconhecidos;
– Manter a higiene do felino em dia, mas sem excessos. Em caso de gatos com pelo longo, secar bem o couro do animal;
– Alimentação rica em vitaminas e nutrientes vai garantir que ele tenha seu sistema imunológico preservado;
– Manter a carteira de vacinação em dia; assim como a ministração da vermifugação e do antipulgas;
– Visitas frequentes ao veterinário vão permitir que seu gatinho tenha um acompanhamento de um especialista, o que irá ajudar em casos positivos de doenças zoonóticas.
Para os tutores, sempre que manusear o bichinho ou seus pertences, lavar bem as mãos.
Sintomas
Normalmente, as lesões são circulares, avermelhadas e há queda de pelo, no entanto, alguns felinos podem apresentar coceira excessiva. Os mesmos sintomas podem ser apresentados pelos humanos também.
Diagnóstico
Para confirmar a presença da Dermatofitose ou Tinha no organismo do animal, é feita uma cultura fúngica, ou seja, o médico veterinário colhe uma amostra do local infectado para análise. Em caso positivo, o tratamento é iniciado imediatamente!
Tratamento
Por se tratar de uma doença altamente contagiosa, é necessário seguir passa a passo as indicações do médico veterinário. Há três maneiras associadas para se tratar a Dermatofitose:
– Tratamento local: feito com shampoos e cremes antifúngicos;
– Tratamento sistêmico à base de remédios: os medicamentos atuam nos folículos, desta forma, eles chegam ao local onde estão concentrados os fungos, conseguindo eliminá-los;
– Descontaminação do meio ambiente: aqui é feita toda uma descontaminação do ambiente para a destruição dos fungos, durante todo o tratamento do bichinho. Também é importante descartar a cama, a escova de pelo e a coleira do animal.
Lembrando que o tratamento para a dermatofitose é demorado, não dando para ver seus resultados logo nos primeiros dias. E mesmo após iniciar o tratamento, o gato ainda é considerado uma fonte de contágio. Por isso, é muito importante que o tutor tenha paciência e siga à risca as orientações do seu médico de confiança.
O peludinho só estará livre da doença após três culturas fúngicas consecutivas, em intervalos quinzenais.
Bibliografia
https://www.affinity-petcare.com/vetsandclinics/pt/micose-nos-gatos-diagnosticas-dermatofitose/
http://www.chv.pt/pt/unidades/dermatologia/dermatofitose/detalhe.html