Dando continuidade à nossa importante série sobre as zoonoses, chegou a vez de falarmos sobre a dipylidium caninum, um dos vermes mais comuns encontrados em cães e gatos. Esse parasita é da família das Tênias, equivalente a solitária nos humanos.
O processo de surgimento da doença nos animais e, eventualmente, nos humanos, se dá após a ingestão de pulgas contaminadas com as larvas do parasita.
Contágio
Ao ingerir as pulgas contaminadas, elas são digeridas no estômago dos animais aonde liberam as larvas desse verme.
A transmissão da doença para os humanos geralmente é feita através do contato muito próximo, como durante os carinhos, onde eles acabam beijando animais que apresentem pulgas.
Diagnóstico
O diagnóstico é muito simples, pois quando o verme começa a se reproduzir, ele libera o que chamamos de “proglotes gravidas”. Essas proglotes são segmentos do verme que estão cheias de ovos do parasita, sendo liberados nas fezes do animal para contaminação do ambiente e a sequência do ciclo biológico. Essas proglotes são facilmente visíveis a olho nu e, inclusive, podem se movimentar.
Às vezes, até mesmo o local aonde o animal dorme está cheio dessas cápsulas de ovos dos vermes que ressecam no ambiente e dão a aparência de um grão de arroz ou uma semente de gergelim.
Tratamento
O tratamento é simples. Uma vez que o médico veterinário tenha diagnosticado a presença do parasita infectando o organismo do felino, haverá a ministração do melhor vermífugo, tendo sua dose e frequência adequada para cada animal.
É muito importante que os tutores tenham em mente que se o seu gatinho ou cãozinho apresentar pulgas, provavelmente ele estará com vermes.
Da mesma forma é recomendado que a pessoa procure atendimento médico para que seja realizado o mesmo tratamento.
Prevenção
Além do uso regular de vermífugos, os animais devem receber tratamento mensal para a prevenção de pulgas, pois só assim o pet estará livre dessas verminoses, ainda muito comuns nos dias de hoje.
Apesar de ser uma doença muito comum, não é normal que os animais tenham pulgas como era antigamente. Hoje, a indústria farmacêutica veterinária investe pesado em tratamentos parasiticidas que realmente funcionam.
Por isso, é importante lembrar, sempre, da ida frequente do seu animal ao médico veterinário, pois não basta, apenas, prescrever o medicamento, mas, também, deve-se levar em conta o estilo de vida do pet. Se está havendo o controle de parasitas, mas ainda assim, for constatado a presença desta zoonose é porque algo está errado!